segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Nossa Vida Virtual

Conforme prometido, olha eu aqui. O meu post de hoje versa sobre nossa chamada "vida virtual" e seus impactos. Mas o que eu quero dizer sobre essa nossa vida? Trata-se daquela que vivemos dentro dos bits, bytes, mega, giga, terabytes que viajam em altas velocidades (nem sempre, concordo) pelos servidores mundo afora.

As redes sociais hoje em dia fazem parte da vida de quase todos os internautas mundialmente falando. Temos, só de primeiro momento, várias sobre as quais podemos comentar. Estima-se que 1 em cada 3 brasileiros está conectado na internet. Nada menos que 70 milhões de pessoas. E desse montante, 79% fazem parte de alguma rede social. A rede mais usada em terras tupiniquins é o famoso Orkut, um aplicativo creio eu despretencioso criado por um indiano que acabou virando febre. Estranhamente só por aqui mesmo e talvez na Índia por motivos óbvios.

O fato é que acho que estamos perdendo a noção dos impactos negativos dessa vida virtual, pois ela acaba nos privando do contato social direto, indispensável. E por que digo isso? Vamos tomar eu mesmo como exemplo. Tenho hoje no meu perfil do orkut aproximadamente 650 amigos adicionados. E de uns tempos para cá, observei algo que não havia me dado conta. Alguns desses meus "amigos" só me conhecem lá. Mesmo quando passam por mim na rua, não me conhecem, acho que estão tão acostumados com o quadradinho que a gente aparece lá que na vida real passamos desapercebidos. Já pensei até em usar um quadro em volta do pescoço mas acho que não ia cair bem. Ia ser difícil combinar a moldura com a camisa...

Claro que são casos isolados, não são todos. Mas o que mais me chama a atenção mesmo é quantas dessas pessoas eu realmente conheço? Poucas, essa é a verdade. Contato direto então, nem é bom pensar: próximo de ZERO.

Isso me traz na memória o filme "Surrogates" ou "Substitutos", com Bruce Willis no papel principal. Para quem não assistiu esse filme, vale a curiosidade. Resumindo somente o que posso contar para não estragar a diversão de ninguém, as pessoas nesse universo do filme vivem confinadas em suas casas e usam cópias como androides ou clones no dia a dia, vendo tudo pelos olhos deles. Estamos longe de uma realidade dessas? Talvez não.

Dizer que o avanço tecnológico é prejudicial, que a internet vicia e causa doenças, blá blá blá, seria demagogia sem sentido. O que eu quero aqui é chamar nossa atenção para que não coloquemos nossos relacionamentos virtuais em primeiro plano, negligenciando quem e o que realmente nos importa. Afinal de contas tudo isso é muito bom, mas a diferença entre remédio e veneno é apenas uma questão de DOSE.

Abraço!

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